Os encantos de uma paisagem singular, a identidade cultural e histórica, a beleza monumental e do patrimônio, a gente que cativa. Estar em Batalha é descobrir capítulos de memória, saber o que contam a arte, a arquitetura e a natureza. Em uma conversa entre mar e serra, entre planaltos verdejantes, campos de cultivo e formações calcárias únicas que caracterizam a região, há muito o que explorar. Edificações civis e religiosas de diferentes épocas, costumes e tradições fazem da cidade, distante cerca de 100 quilômetros de Lisboa, uma referência no país, e por isso mesmo é procurada por mais de meio milhão de turistas todos os anos.

Palco de momentos históricos relevantes, o início da ocupação leva ao período paleolítico. Depois a história conta sobre a presença romana em Colippo (considerada uma das mais importantes cidades luso-romanas da costa oeste da Península Hispânica), até as lutas decisivas pela independência. Foi a vitória na Batalha de Aljubarrota, em 14 de agosto de 1385, que resultou na construção do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, obra prima do gótico português mais conhecida como Mosteiro da Batalha, um polo de atração que deu origem à Vila da Batalha. Batalha foi desta maneira fundada em 1.500 pelo rei D. João I, consolidado com o título após o embate, na região do mosteiro feito para agradecer pela vitória na Batalha de Aljubarrota. O acontecimento que dá nome à cidade também é uma das  maiores batalhas da Idade Média e está entre os fatos mais emblemáticos da história de Portugal.

A cidade está na Região Centro Litoral de Portugal e pertence ao Distrito de Leiria. Faz fronteira com os municípios de Leiria, Porto de Mós, Ourém e Alcanena e fica próximo de Fátima. Daí também é fácil partir para as mais cobiçadas praias do país, como Nazaré, Vieira, Pedrogão, São Martinho do Porto ou Peniche, que estão a cerca de uma hora da sede do concelho. Por perto, estão ainda lugares dignos de serem vistos, como as serras D’Aire e Candeeiros e S. Mamede, que fazem a região destino perfeito para atividades como bikes, escalada e caminhadas.

Durante o ano, Batalha recebe uma vasta programação de eventos, como feiras de artesanato e gastronomia, mostras de produtos locais, reconstituições históricas, festivais de teatro e de folclore, concertos e festas, entre outras variadas atrações que se unem às tradições religiosas e pagãs. A cidade abre as portas para quem quer desfrutar uma atmosfera única e dinâmica.

Mosteiro da Batalha

Patrimônio da Humanidade pela Unesco, título alcançado em 1983, e desde 2007 uma das 7 maravilhas de Portugal, o Mosteiro da Batalha, ou Mosteiro de Santa Maria da Vitória, está entre as mais importantes atrações da cidade e monumentos portugueses. Símbolo da vitória dos portugueses sobre os espanhóis, no século 14, foi edificado ao longo de quase 200 anos e também é considerado Panteão Nacional. O mosteiro é justamente uma referência à elevação de Dom João I ao trono português, após a derrota definitiva dos castelhanos (os “espanhóis” da época, de Castela) na Batalha de Aljubarrota, em 14 de agosto de 1385. O rei determinou a construção do mosteiro como agradecimento à Virgem Maria pela vitória, que é celebrada em festa sempre ao mês de agosto de cada ano. A obra começou em 1387 e seguiu até a inauguração em 1517, embora a construção tenha sido finalizada oficialmente em 1563.

Ao lado do significado histórico, a arquitetura enaltece o estilo alto gótico e faz a edificação uma das mais trabalhadas e bem acabadas de Portugal, e porque não dizer do mundo. Arcos com entalhes e detalhes são o prenúncio do que viriam ser em seguida os traços do barroco e do rococó, com uma configuração espacial concebida para promover uma iluminação interna e externa única.

Aí estão as sepulturas de D. João I, Mestre de Avis (filho ilegítimo do rei D. Pedro I com Teresa Lourenço), D. Filipa de Lencastre (esposa de D. João I), o infante D. Henrique, o infante D. João, D. Isabel, D. Duarte  (filhos de D. João I e D. Filipa), D. Fernando (pai de D. João I) , D. Afonso V (filho do rei Duarte I) e D. João II (filho de Afonso V).

Os ingressos custam 6 euros, e há descontos para idosos acima dos 65 anos, jovens e famílias numerosas, por exemplo. Crianças até 12 anos não pagam para entrar, e o acesso também é de graça aos domingos e feriados até às 14h para todos os cidadãos que residem em Portugal, com comprovação.

Claustro Real

O mosteiro tem algumas divisões em áreas de interesse. Entre elas o jardim fechado chamado Claustro Real, com uma beleza em particular nos dias ensolarados, quando o verde aninhado entre arcos góticos brancos e brilhantes, em riqueza de detalhes, se sobressai. A decoração no estilo se combina em alguns pontos incrivelmente com as características manuelinas. Ainda que a história conte mais de 600 anos da construção, esculturas e pináculos permanecem impecavelmente conservados. Edificado entre 1448 e1477, é também chamado de Claustro de D. João I.

Capelas Inacabadas

Na parte de trás do mosteiro estão as Capelas Imperfeitas. A peculiaridade de nunca terem sido terminadas de fato também lhe dão o nome de Capelas Inacabadas. Entre o estranho e o belo, são as imperfeições que dão ao Mosteiro da Batalha uma aura de mistério, característica dissonante se considerado o contexto da filosofia reta e inflexível do catolicismo da Alta Idade Média. A construção é um pedido do rei Eduardo de Portugal para ser um segundo mausoléu real, encomenda de 1437. Ele e a rainha Eleanor de Aragão são os únicos enterrados aí.

Capela do Fundador

Construída entre 1426 e 1434, a Capela do Fundador é tida como um dos mais importantes edifícios adjacentes ao mosteiro. Existem três túmulos que são cópias das tumbas originais de D. Afonso V, João II, e seu filho e herdeiro, Príncipe Afonso. D. João I, o Rei Vitorioso, está aí sepultado até hoje, assim como sua esposa e filhos. Uma atmosfera mística e de espiritualidade se forma pela iluminação que chega dos vitrais. Com planta quadrada, a capela se distribui em três vãos fictícios e um octógono central sustentado por oito pilares.

Centro histórico

No centro histórico, toda a identidade de Batalha. São marcos da história da cidade, como igrejas, museus e espaços verdes que podem fazer a diversão dos pequenos. A Igreja Matriz da Exaltação de Santa Cruz, também chamada Igreja Matriz da Batalha, é um desses lugares que estão no burburinho da cidade. Como o mosteiro não dispunha de um serviço paroquial para atender os moradores, foi determinada a construção, que aconteceu entre 1514 e 1532. A edificação tem nave única coberta de madeira, com uma capela-mor quadrangular com abóbada estrelada. Na fachada, o pórtico de 1502 impressiona e é apreciado pelos visitantes. Ao decorrer do tempo, a igreja passou por revitalizações e hoje destaca as decorações barrocas do século 18. No século 20, o campanário deu lugar a uma torre sineira, e um retábulo de pedra foi adicionado ao interior da capela-mor.

Com canteiros relvados e floridos, o Jardim do Lena é um agradável espaço verde, ideal para caminhadas ou para desfrutar bons momentos com a família. Além da natureza como cenário, dispõe de parque para as crianças e fonte de água potável. Perto do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, convida para se sentar e apreciar toda a beleza do lugar. No amplo e aprazível Jardim da Cerca, os caminhos levam a canteiros floridos, bebedouros, vegetação diversificada, um lago com animais e um espaço para piqueniques, no ambiente que tem como um dos destaques o piso em calçada portuguesa.

A inauguração do Jardim dos Infantes, outro destino importante no centro histórico de Batalha, fez parte de um projeto de valorização ambiental do Rio Lena, que banha a cidade. Jardim infantil, área para esportes radicais, pistas de minigolfe, ciclovia e outros equipamentos formam o Parque dos Infantes, que evoca os infantes (nesse caso filho de reis, porém não herdeiros do trono) da Dinastia de Aviz, através de oito painéis com uma breve resenha histórica, ao lado de poemas do livro “Mensagem”, de Fernando Pessoa. Aí, se unem a cultura e a vertente recreativa para enriquecer o espaço de lazer que se desenvolve ao longo da margem nascente do Rio Lena, no centro da Batalha. 

Ainda no centro histórico, o Museu da Comunidade Concelhia da Batalha reúne a história da evolução da cidade ao longo dos últimos 250 milhões de anos. São exposições dinâmicas e interativas que perpassam as origens geológicas, paleontológicas e arqueológicas de Batalha, estendendo as temáticas por diferentes acontecimentos, entre os marcos mais importantes em termos históricos e artísticos, até características socioculturais que hoje identificam a cidade. De caráter pedagógico, o acervo destaca a Batalha de Aljubarrota e a construção do Mosteiro da Batalha. O museu é premiado nacional e internacionalmente.

Pia do Urso

Aninhada na bonita Serra de Aire e Candeeiros, lugar onde se encontra paz de espírito, a Pia do Urso é um recanto especial de Portugal, um pequeno pedaço de cheiros, texturas, paisagens e estímulos para experimentar, tocar, sentir.  Perto de Batalha e a 15 minutos de carro do Santuário de Fátima, a aldeia abriga casas típicas e o clima interiorano do país. Um passeio, no mínimo, interessante, relaxante e tranquilo, perfeito para toda a família e uma boa ideia de diversão para as crianças. Aí ficam um restaurante com pratos regionais, um café e banheiros públicos. 

O visitante pode caminhar por um percurso sensorial, distribuído em estações com informações em braille e outros recursos táteis, olfativos e sonoros, como jogos, brinquedos e instrumentos musicais, que fazem a festa da garotada – a rota sensorial fica dentro do chamado Ecoparque Sensorial da Pia do Urso.

Esse é um espaço rural remodelado para o turismo. É indicado que o acesso seja feito de carro. Há um estacionamento na entrada do percurso da aldeia e um mapa mostra como ela está dividida e como é o passeio. Com casas charmosas, feitas de pedras antigas e madeira, características das aldeias serranas, um destino curioso, misto de fábula e magia.

O caminho permite conhecer a flora, a fauna e as diversas formações geológicas chamadas pias, onde a história conta que os ursos vinham beber água – a partir daí justamente a origem da toponímia: Pia do Urso. A pia em questão, devidamente assinalada no local, tem um declive natural que facilitaria aos ursos e outros animais a ingestão do líquido em uma área ricamente arborizada.

No tempo dos romanos, o lugar de Pia do Urso era utilizado como ponto de passagem. Na Idade Média, mais precisamente em 1385, por aí passavam as tropas comandadas por D. Nuno Álvares Pereira, na caminhada entre Ourém a Porto de Mós, com destino a Aljubarrota, onde ocorreu uma das batalhas mais decisivas para a afirmação da independência de Portugal. Também serviu como passagem dos militares das invasões francesas. Os mais idosos dizem que a permanência dos exércitos franceses no lugar se deveu à existência da oliveira servida de esconderijo de armas, munições e pólvora – uma lenda conta que a oliveira era diferente das demais, com a rama preta e sem nunca ter produzido azeitona.

O único problema de estar na Pia do Urso é controlar o desejo de trocar a cidade por esse pedaço de céu.

Ecoparque Sensorial da Pia do Urso

O Ecoparque Sensorial da Pia do Urso é parada obrigatória. É onde fica a rota sensorial, conceito inovador que quer dar aos deficientes visuais, em especial, a chance de apreender o meio ao redor a partir de outros sentidos, particularmente o tato e o olfato – todas as informações estão disponíveis em braile. O caminho reúne estação de educação ambiental, uma do período jurássico, uma sobre a Batalha de Aljubarrota, um miradouro, uma estação lúdica e outra musical, com jogos e, claro, a Pia do Urso. O lugar certo para sentir e desfrutar a natureza, onde sons, aromas e formas, e as alegorias históricas, se misturam com o verde exuberante da vegetação. Árvores de carvalho esplêndidas oferecem sombras refrescantes para descansar e refletir. Entre piqueniques e caminhadas, é hora de descobrir algumas memórias da região. A entrada é gratuita.

Centro de BTT Pia do Urso

A beleza da região também pode ser apreciada em passeios de bicicleta. Na Pia do Urso, o Centro de BTT da Batalha tem trilhas sinalizadas, com 365 quilômetros, divididos em quatro níveis de dificuldade que percorrem os Concelhos da Batalha, Porto de Mós e Leiria. Imerso na natureza da Batalha, o centro é o primeiro a ser reconhecido pela Federação Portuguesa de Ciclismo. Um ponto de partida para quem gosta de aventura. São oito percursos disponíveis: um fácil, um moderado, três difíceis e dois muito difíceis. A opção depende do esforço e do tempo que o praticante deseja dispender para a atividade. A menor rota tem 12,5 quilômetros e leva entre uma a duas horas para ser percorrida. A maior leva entre seis ou sete horas para completar 92,5 quilômetros. O centro tem banheiros e uma zona de lavagem e pequenos reparos para as bikes.

Rota dos Moinhos

É hora de descer da magrela e descobrir os moinhos, uma das maiores joias da região. Entre 6 e 9,5 quilômetros de extensão, são quatro percursos marcados – depende da disposição. Um dos preferidos entre quem chega à Pia do Urso, o Percurso Pedestre Rota dos Moinhos tem início junto ao Hostel Pia do Urso, perto da entrada norte do ecoparque sensorial – são 6,7 quilômetros, passando por vários moinhos, alguns ainda em funcionamento. O Moinho do Zé Cuco foi reconstruído recentemente; o Moinho do Manuel Moleiro e o do Mocho têm vista privilegiada para a Capela de São Mamede, e a partir daí o passeio segue pelo caminho dos romeiros do século 16. Do conjunto dos dez moinhos existentes em outros tempos, hoje dois são visíveis, em um trajeto que dura aproximadamente três horas. Já o Percurso Pedestre Rota dos Moinhos começa pela Escola Básica dos Crespos, próximo da entrada Norte do ecoparque. Um lugar de contato próximo com a natureza, onde podem ser observadas inúmeras espécies animais e vegetais. A rota também é marcada pela existência de vários moinhos, alguns deles ainda em funcionamento.

Grutas da Moeda

Para conhecer as Grutas da Moeda, formações calcárias em São Mamede, é preciso descer 45 metros. Não podem faltar no roteiro por Batalha e região. É um dos pontos altos da viagem. Narra a lenda que um ladrão roubou um homem abastado e caiu no algar, levando consigo uma bolsa cheia de moedas – daí o nome. São 350 metros de extensão visitável, que guardam algumas das mais belas paisagens geológicas da região. A visita inclui um filme explicativo sobre a formação da gruta, além do Centro de Interpretação Científico-Ambiental, um espaço interativo onde pequenos e grandinhos podem descobrir fósseis, minerais e outras curiosidades sobre a origem das formações, como interagem com a biodiversidade local, entendendo a importância do calcário para a região e como ele influencia o modo de vida das pessoas. O turista pode ainda conhecer uma loja que dispõe de variedade de minerais e fósseis de diferentes países.

Centro Interpretativo da Batalha de Aljubarrota (CIBA)

Com o foco em realizar estudo de campo, preservar e exibir informações sobre a Batalha de Aljubarrota, assim como divulgar dados históricos sobre o século 14, o Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota é um museu aberto em 2008. Está em São Jorge, a pouco mais de 3,5 quilômetros do Mosteiro da Batalha. Em quase 2 mil m² de área, ressalta a exposição dedicada à batalha, e também reúne um auditório que exibe filme que reconstitui o confronto, além de programas educativos e um espaço de exposições temporárias.

‌ONDE COMER

É fato que passear abre o apetite. Em Batalha, come-se e bebe-se muito e bem. Entre receitas repletas de sabor e que contam histórias de gerações, com destaque para carnes e bacalhau, a gastronomia local tem entre os pratos tradicionais o tachadéu (fritada de porco em tacho de barro), a morcela de arroz e a tibornada (bacalhau com batatas ao murro). Quando o assunto são os doces, brilham entre as estrelas as cavacas do reguengo do fetal, os bolos de ferradura, os bolos de palma e bolo de perna, e o pudim da Batalha.

A morcela de arroz, também chamada branca, é feita com arroz e carne e, diferente de outros pratos feitos na região, o sangue não entra no preparo. Pode ser cozida ou assada e marca presença na maioria dos restaurantes, principalmente em composições de sopas. Também é encontrada para venda – quem aprecia pode dividir o sabor com o resto da família.

Receita antiga de Batalha, o doce cavacas do reguengo do fetal faz lembrar nuvens, por ser bem leve e com cobertura branca de açúcar. A receita está associada às Festas de Nossa Senhora dos Remédios, porque as delícias eram leiloadas após as procissões, eventos noturnos iluminados por velas feitas com cascas de caracóis, o que dá às festividades o outro nome de Festa dos Caracóis. Dessa forma, a especialidade só se encontra durante as festas religiosas em nome da Senhora do Fetal, em Reguengo do Fetal, que acontecem todos os anos, entre setembro e outubro. Conta a história que as cavacas de reguengo do fetal integravam as fogaças, grandes tabuleiros de madeira, forrados com toalhas de renda onde se transportavam vários produtos regionais.

Com vista para o Mosteiro da Batalha, o Restaurante Burro Velho dispõe de um espaço acolhedor, confortável, e de bom gosto. O cenário ideal para apreciar o melhor da gastronomia portuguesa tradicional aliada à inovação e criatividade dos chef’s, na companhia dos melhores vinhos nacionais e internacionais. De segunda a sábado, além das opções fixas, dispõe de um tentador e variado menu, perfeito para momentos mais descontraídos, para petiscar ou degustar uma refeição completa. Com uma grande oferta de carnes, pescados frescos e mariscos, pães e bebidas variadas, sobremesas caseiras e autênticas, os pratos são confeccionados com criatividade e todos os ingredientes são criteriosamente selecionados para garantir a alta qualidade. Corre nas veias desse restaurante o espírito tradicional e, desde a beleza das redondezas e o interior das salas, o bom ambiente é característico do estabelecimento.

Para quem quer visitar a Itália sem sair de Portugal, a Sapori Pizzeria Italiani tem tudo o que deseja. O ambiente único, com o lindo espaço externo, torna ainda melhores as especialidades oferecidas. Entre as opções de refeições saborosas e criativas, também há espaço para iguarias vegetarianas. Tem sempre algo para todos os gostos. O cardápio de almoço é perfeito para uma pausa com amigos ou uma reunião com clientes ou parceiros de negócios importantes, e o jantar pode ser um momento ainda mais apetitoso. Entre a seleção de pratos da cozinha tradicional italiana, com massas e pizzas, o bar da salada também convence os convidados. Em destaque ainda o chá aromático e as bebidas frias sem álcool frias, as sobremesas divinais e os gelatos refrescantes.

Espaço agradável e descontraído, na Hamburgueria Enigma a estrela é o hambúrguer artesanal, acompanhado de batata frita ou batata-doce. Há também hambúrgueres vegetarianos e de carne branca. A casa preza pela qualidade dos produtos, sempre frescos. O cardápio tem ainda os pregos, como se chamam em Portugal o sanduíche de pão recheado geralmente com variações de carne, queijo e ovo, além de entradas, bifes, saladas e sobremesas. O ambiente também conta com um bar lounge e pode ser aproveitado, depois da refeição, na companhia de coquetéis, cervejas artesanais e vinhos de referência.

ONDE FICAR

A vila tem poucas opções de hotéis. Mas as acomodações servem bem. Há possibilidade de vista para o mosteiro e hotéis 4 estrelas. Os valores de hospedagem ficam entre 45 a 76 euros para duas pessoas, com café da manhã incluído, em média.

Na categoria 4 estrelas, está o confortável Hotel Villa da Batalha. Às margens do Rio Lena, fica a 25 minutos de carro do Santuário de Fátima e a 40 minutos de carro das Praias de Nazaré e São Pedro de Moel. O Restaurante Adega dos Frades serve saborosas preparações da cozinha típica de Portugal, além de pratos vegetarianos, e é uma boa pedida para o proveito dos hóspedes. As diárias começam entre pouco mais de R$ 400 e podem passar de R$ 500.

Na classificação 3 estrelas, o despretensioso Casa do Outeiro – Arts & Crafts Boutique Hotel fica em um bairro arborizado, a quatro minutos de caminhada do Mosteiro da Batalha e a oito quilômetros do antigo Castelo de Porto de Mós. Lugar tranquilo, ideal para famílias, tem quartos com wi-fi grátis, TV de tela plana, frigobar, chaleiras e cafeteiras. Os quartos de categoria superior incluem sacada e alguns têm vista para o mosteiro. O hotel dispõe ainda de sala de TV com lareira e um bar self-service, além de sala de jogos, sala de leitura, piscina sazonal, solário, parquinho para crianças, estacionamento, bicicletário e café da manhã. As diárias partem de cerca de R$ 400.

Para quem pretende gastar menos, o Hotel São Jorge, a um quilômetro do centro de Batalha, é uma dica. A acomodação 2 estrelas está em uma estrada importante, a sete quilômetros do Parque Natural de Aire e Candeeiros, e a três quilômetros do Mosteiro da Batalha. Os quartos contam com banheiro privativo, ar condicionado e TV a cabo. Os bangalôs com um quarto dispõem de sala de estar e de TV por satélite. Outras comodidades incluem piscina exterior com espreguiçadeiras, campos de tênis e estacionamento grátis. As diárias partem de cerca de R$ 340.

Outra sugestão é ficar nas cidades de Leiria, Fátima ou Nazaré, que têm mais opções de hotéis e restaurantes, e ficam perto de Batalha.

COMO CHEGAR

Partindo de Lisboa, para a viagem de carro basta seguir as placas para Fátima, nas autoestradas da região. A partir de Fátima, são aproximadamente 30 minutos até Batalha. De ônibus, nas linhas diretas a partir da capital portuguesa até Batalha, a viagem é de cerca de duas horas – são cinco horários de partida todos os dias. De trem, a estação mais próxima fica na cidade de Leiria, a menos de 15 quilômetros ao norte de Batalha. A sugestão é ir até Leiria e de lá pegar um táxi ou Uber. Se a ideia é participar de excursões, são várias as opções de tours a partir de Lisboa e outras cidades. O Mosteiro da Batalha é roteiro obrigatório oferecido e recomendado por qualquer hotel ou agência de turismo. Uma vez na cidade, a ideia é mesmo caminhar. O centro histórico é relativamente pequeno e agradável para andar a pé. Apenas uma das atrações fica longe do centro.