Todos os aromas e sabores da gastronomia portuguesa se encontram em Lisboa. A multiplicidade da culinária local, que se mistura à comida internacional, é um encanto em especial para quem visita a cidade. Mais do que as clássicas atrações turísticas, o que vai à mesa é uma experiência por si só. Preparações típicas, como o bacalhau, a sardinha ou o pastel de Belém, entre tantas outras, guardam histórias, nessa terra ainda aclamada pelos vinhos magníficos. E opção é o que não falta. Para o almoço, jantar, happy hour ou a pausa para um café, a extensa lista de bares e restaurantes é recheada de delícias para todos os paladares.

1 – Zumzun Gastrobar

Mais do que o cardápio em si, a música, a decoração e o espaço envolvente são as marcas do Zumzun Gastrobar, um ambiente descontraído dedicado a uma comida descomplicada e divertida. Um lugar atemporal, que poderia estar em qualquer cidade do mundo. Aqui, Portugal está na mesa para uma culinária moderna e recebe uma justa homenagem. A gastronomia com sabor português se une a técnicas de outros países. O país está representado desde os vinhos ao azeite, passando pelas conservas, chocolates, bolachas e chás.

A casa, inaugurada em 2020, é comandada pela chef Marlene Vieira, um dos grandes nomes da cena gastronômica em Portugal. O restaurante está em um edifício de tom contemporâneo e grandes superfícies envidraçadas, perto do Terminal de Cruzeiros de Lisboa, em frente ao Museu do Lactário. O design interior sobressai tons brancos e vermelhos – o mobiliário rubro contrasta com as mesas em mármore claro e as prateleiras cheias de produtos portugueses. No terraço, o cliente encontra a visão descortinada para o Rio Tejo.

Entre os pratos frios, o fresquíssimo ceviche de espadarte rosa, maracujá e pimenta da terra custa 15 euros, a tosta de abacate, sapateira e ovas, e o tartelete de tártaro de atum, beranês e pickle de mostarda saem por 7,5 euros. Entre as preparações quentes, o tempura de bacalhau e alho assado custa 12 euros e o pica pau de polvo com molho romesco 12,5 euros. Na lista dos pratos principais, a feijoada de carabineiro, guanciale e arroz frito sai por 32 euros, a perna de pato assada e arroz de enchidos no forno por 15 euros, e o polvo na brasa, com batatas e algas é encontrado por 18 euros.

Endereço:

Avenida Infante D. Henrique. Doca do Jardim do Tabaco, Lisboa

Horário de funcionamento:

De segunda-feira a quarta-feira de 12h às 23h, quinta-feira a sábado de 12h às 0h e domingo de 12h às 17h

Site:

www.zunzum.pt

2 – Solar dos Presuntos

Estar no Solar dos Presuntos é se sentir em casa. Essa atmosfera acolhedora é o ponto alto do restaurante que, com mais de 50 anos de fundação, é considerado um dos melhores de Lisboa.  Uma história que se soma a várias outras histórias. Aqui, comer bem significa afeto. E receber toma status de arte.

Mais que a comida, a excelência do serviço – quem chega pela porta do número 150 das Portas de Santo Antão, cliente habitual ou turista, sempre vai encontrar um sorriso caloroso, uma sugestão genuína.

O restaurante capricha em oferecer, com uma qualidade reconhecida pelos melhores especialistas gastronômicos nacionais e estrangeiros, uma série de pratos que são especialidades autênticas de uma das mais antigas cozinhas portuguesas. Entre os clientes, escritores, jornalistas, políticos, atores, futebolistas, empresários, arquitetos, e outros, honram o estabelecimento com sua presença e estímulo. Clientes que estão representados nas fotografias e caricaturas dispostas pelas paredes.

No cardápio, a lista de entradas inclui o presunto cortado na hora – o prato custa 28,50 euros. Grandes, carnudos e saborosos, os croquetes valem 6,50 euros, e o polvo à galega 19,50 euros. Entre as especialidades da casa, destaque para o arroz e suas variações. O arroz de lagosta e gambas é encontrado por 32,50 euros, o de lavagante 96 euros e o arroz negro 62 euros.

Na seleção de carnes, o cabrito assado à moda de monção com batata assada e arroz de forno vale 25,85 euros e é outro dos pratos emblemáticos da casa. A carne tenra e saborosa lembra como é comer em casa de vó. Outras opções são os mimos de porco preto com arroz, batata frita ou esparregado (23 euros) e o bife de lombo à portuguesa com batata frita (29,50 euros).

Para a sobremesa, mais sabor. A torta de limão merengada custa 6,50 euros, o arroz doce 5,50 euros e a delícia de chocolate com caramelo salgado 8 euros. Destaque no cardápio, uma espécie de tiramisú, mas com doce de ovos ao invés de creme com mascarpone, o Doce da Avó Luísa é uma receita original de 1974, e vale 6,50 euros. Uma opção que serve à gula e ao coração.

Endereço:

Rua das Portas de Santo Antão, 150, Lisboa

Horário de funcionamento:

De segunda-feira a sábado, de 12h às 15h30 e de 19h às 23h

Site:

www.solardospresuntos.com

3 – Bairro do Avillez

Universo dedicado aos melhores sabores, o Bairro do Avillez é um espaço de 1 mil metros quadrados que leva a assinatura do chef José Avillez. Fica na Rua Nova da Trindade, no Chiado, região que é um polo intelectual de Lisboa. Um espaço amplo e acolhedor, onde tradição e modernidade conversam.

O serviço, simpático e informal, faz crescer a atmosfera de um ambiente alegre. A casa trabalha a gastronomia com criatividade, e se distribui em uma esplanada dividida em uma taberna, um pátio, minibar e pizzaria. A cozinha, majoritariamente de inspiração portuguesa, inclui influências de viagens do chef. O cardápio tem variedade de petiscos, sanduíches, entradas, pratos e sobremesas.

A Taberna é um espaço encantador para almoçar, jantar ou petiscar durante a tarde. Os sabores tradicionais portugueses se reinventam em um ambiente descontraído que convida a comer bem. Entre as sugestões do chef, queijos e charcutaria Manteigaria Silva (14,5 euros), bifana de atum com legumes avinagrados (14 euros), presunto de porco alentejano (16 euros) e, para sobremesa, caramelo salgado (8 euros).

O Pátio, dedicado a peixes e mariscos, é um espaço para estar à mesa em boa companhia. Os pratos caem bem acompanhados de vinhos e cervejas especialmente selecionados, ideais para enriquecer um bate-papo. No menu, robalo marinado com lima e coentros com abacate de cebola roxa (17,5 euros), tártaro de atum com marinada picante e cebolinho (17,25 euros) e lulas grelhadas com arroz negro (31 euros), para citar apenas algumas opções.

O Minibar é o primeiro bar gastronômico de José Avillez e, com atrações musicais ideais para um programa de fim de tarde, é um novo conceito de entretenimento. Às quintas, sextas e sábados, após o jantar o minibar se transforma em espaço de dança e música. No ambiente confortável e intimista, nada tradicional, José Avillez propõe uma carta de bar com coquetéis especiais, vinhos, cervejas artesanais e mais, além de experiências culinárias. Mais que o menu degustação, a carta se divide em snacks, crudos e crocantes, tempuras e fritos, pequenas entradas e pratos principais e, para fechar, sobremesas irresistíveis, tudo o que pode ser degustado na área de bar ou nas mesas reservadas para jantar.

Este não é um espaço tradicional. Aqui, nem tudo o que parece é. Entre as delícias gastronômicas, na lista dos snacks, o chef sugere a pérola gigante de foie gras (duas unidades por 10 euros), os ovos de ouro de húmus (duas unidades por 8 euros), o melhor frango assado, em uma pequena base crocante, cheia de sabor, com creme de requeijão fumado (duas unidades por seis euros). Entre os tempuras e fritos, o abacate em tempura com kimchi desidratado, rebentos de coentros, lima e limão (duas unidades por 9,5 euros). Para as entradas, um exótico caril de legumes grelhados (15 euros), nas sobremesas o irresistível pudim de azeite com sorvete de framboesa (8 euros) e um refrescante sorvete de limão com espuma de manjericão, recheado de memórias do verão (8 euros).

Na Pizzaria, um menu perfeito para partilhar. No já famoso couvert, gressinos, focaccia caseira fina e crocante, creme de tomate com mascarpone e manjericão, manteiga trufada e azeitonas galegas marinadas (2,65 euros). Entrada quente com bons sabores mediterrâneos, a beringela no forno com muçarela, tomate e parmesão é uma ótima pedida (sai por 9 euros). A massa das pizzas é fina e os ingredientes destacam-se pelo sabor. Para os amantes de calzone, há três opções (um deles, chamado Descobrimentos, leva tomate, muçarela, cebola, tomate cereja, abobrinha, azeitonas galegas e orégano, e é encontrado por 15 euros) e, para os aventureiros e curiosos, há duas extravagâncias a explorar: uma pizza chamada Molecular, com tomate, muçarela de búfala, cebola, azeitonas explosivas e orégano (19,5 euros), e outra com o nome Gigi, com tomate, burrata, manjericão, alho e carabineiros do Algarve (45 euros).

Mas não é só de pizzas vive a Pizzaria Lisboa. As massas, os gnocchi e os risotos não podem faltar. Estão no cardápio com preços entre 14,5 euros e 18 euros. As sobremesas são o gran finale. Tiramisu (entre 5 euros e 7,5 euros), Ananás em forno de lenha com sorvete de limão e manjericão (6 e 7 euros), minipizza de caramelo salgado (7 e 8 euros), são algumas das estrelas do cardápio.

Endereço:

Rua Nova da Trindade, 18

Horário de funcionamento:

Aberto todos os dias

Taberna e Esplanada: 12h à 0h

Páteo: 12h30 às 15h e 19h às 0h

Mini Bar: Domingo a quarta-feira de 19h às 1h, quinta-feira de 19h às 2h, sexta-feira e sábado de 19h às 3h30

Pizzaria Lisboa: segunda-feira a sexta-feira de 19h às 0h, sábados e domingos de 12h30 às 15h e de 19h às 0h

Site:

www.bairrodoavillez.pt

4 – Time Out Market

Espaços que guardam o que de bom tem a gastronomia portuguesa. Os melhores hambúrgueres, sushis, pizzas, carnes, bacalhau, escolhidos, provados e aprovados em uma curadoria cuidadosa – tudo com quatro ou cinco estrelas, e sob o mesmo teto. Esse é o Time Out Market, composto por bares, restaurantes, lojas, espaços comerciais e uma sala de espetáculos que fazem parte da seleção de críticos e jornalistas da revista Time Out, que dá nome ao complexo no Cais do Sodré, em Lisboa. 

Esse é um projeto de 2014 que reúne, a partir da iniciativa de um time de jornalistas da publicação, grandes ideias e negócios da capital portuguesa. Aí também estão reunidos alguns dos vendedores de carne, peixe, frutas e flores mais conhecidos e antigos da cidade. Cada expositor pode ocupar um ambiente no mercado, fenômeno em número de visitantes, por uma semana até três anos.  

Na lista dos espaços dispostos no mercado, mais de 50 marcas: Marisqueira Azul, Libertà Pasta Bar, O Frade, Pinóquio, Monte Mar, Croqueteria, Café de São Bento, Sea Me, Chef Susana Felicidade, Miguel Castro e Silva, Henrique Sá Pessoa, Marlene Vieira, Vincent Farges, O Prego Peixaria, Asian Lab, Zero Zero, Confraria, Ground Burger, Gelato Davvero, Nós é Mais Bolos, Garrafeira Nacional, Tartine, Time out Shop, Crush Doughnuts, Manteigaria Silva, Beer Experience Super Bock, O Bar da Odete, Aperol Spritz, Taylor’s, Licor Beirão, Quiosque do Café, Time Out Bar, Academia Time Out, Crème de la Crème, Terra do Bacalhau Petiscaria, Terra do Bacalhau Pastéis, A Vida Portuguesa, L’Éclair, Recordação de Sintra, Manteigaria, Quiosque do Mercado, Pap’Açòrda, Rive-rouge, Estúdio Time Out e Second Home.

Entre as presenças mais importantes, Marlene Veira é uma das caras femininas da ala dos chefs e um dos nomes em que a Time Out mais tem apostado ao longo dos últimos anos. Com um percurso por restaurantes de luxo, Marlene trouxe à Ribeira o melhor da culinária nacional, em forma de petiscos e pratos consistentes. Ela faz um apanhado de todos as preparações e ingredientes que já quase ninguém usa, mas deveria, lançando mão da cozinha tradicional e suas recriações. Não é de se admirar que seu espaço esteja entre os favoritos de quem vai ao mercado.

No cardápio das especialidades de Marlene Vieira, estão o polvo à lagareiro em novas texturas (16,50 euros), o camarão crocante com manjericão e maionese de caril (12 euros), o mini sanduíche de rosbife, maionese de beterraba, rúcula e cebola crocante (10,50 euros), o rosbife de novilho à mirandesa (13,90 euros), a francesinha tradicional com ovo e tudo! (12 euros) e o creme de abóbora, requeijão de ovelha, azeite de ervas e sementes (5 euros).

Endereço:

Mercado da Ribeira – Avenida 24 de Julho

Horário de funcionamento: 

Todos os dias, de 10h às 0h

Site:

www.timeoutmarket.com/lisboa

5 – Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau

Simples como tudo o que caracteriza o povo português, o bacalhau, um dos mais tradicionais peixes consumidos no país, é universalmente apreciado como símbolo de uma identidade secular. Um “amigo fiel”, como é dito em Portugal, que permite preparar 1001 receitas. É na Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau, projeto de António Quaresma, que o ingrediente se une ao saboroso queijo da Serra da Estrela para criar a iguaria que dá nome ao estabelecimento fundado em Lisboa, na Rua Augusta, em 2015.
Uma celebração de dois ícones da gastronomia local, que aqui também representa a aproximação entre o litoral e o interior, formando uma especialidade única: o pastel de bacalhau com queijo Serra da Estrela DOP. Pastel a sul, bolinho a norte, esse que é mais que um mero petisco está ligado à história do país. Se nessa dobradinha soma-se o vinho do Porto, aí está uma verdadeira experiência culinária, uma festa para os sentidos.

Por sua vez, a origem do queijo inigualável, detentor da condição de Denominação de Origem Protegida (DOP), com 1,3 mil anos de história, leva aos pastos das ovelhas Bordaleiras da Serra da Estrela, a principal raça ovina leiteira em Portugal, cujo leite de excepcional qualidade dá forma ao produto. Na Quinta da Lagoa, propriedade da Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau, em pleno coração da Serra da Estrela, estão cerca de 700 desses animais, que fornecem a base para a produção do queijo, nomeado uma das 7 Maravilhas da Gastronomia de Portugal em 2011, hoje reconhecido como um dos mais extraordinários queijos do mundo.

E é do pasto fresco da Serra da Estrela para a densidade urbana que o pastel permanece fiel ao seu conceito de autenticidade, em espaços emblemáticos (em Vila Nova de Gaia, no Porto, Aveiro, Cascais, Óbidos e as unidades em Lisboa – Rua Augusta, LxFactory, Elevador de Santa Justa, Museu da Cerveja, Castelo de São Jorge e Cais do Sodré). 

Nos ambientes da Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau, combinam-se elementos arquitetônicos de inspiração clássica com a exposição de obras de arte para tornar a experiência de degustação ainda mais agradável e envolvente. O cliente pode apreciar representantes da pintura, escultura, literatura e música, enquanto desfruta de uma outra arte: a confecção do pastel, pelas sábias mãos de quem, desde há muito, o faz. A casa também serve queijadas boas, carolinas fascinantes e um saboroso bolo de queijo. Tudo o que cai bem com o vinho do porto, uma cerveja leve, um bom moccachino ou café expresso.

Por ano, são vendidos cerca de dois milhões de pastéis de bacalhau nas unidades da casa, ou seja, cerca de 5,5 mil bolinhos por dia. Com 140 gramas cada um (em que 20 são só de queijo), são vendidos a 5 euros cada. Na primeira unidade, na Rua Augusta, o ambiente pequeno tem no primeiro andar um balcão onde são realizadas as encomendas, que devem ser pagas antes de retirar. Fica a gosto do freguês comer ali mesmo ou no andar de cima, onde estão poucas mesas. Pode ainda escolher comer nas mesas do lado de fora, ou levar o quitute para casa. Ao fundo da loja, na singela fábrica de pasteis, a simpática funcionária mostra como preparar as gostosuras, com um sorriso estampado no rosto.

Endereço:
Rua Augusta, 106, Lisboa

Horário de funcionamento: 

Domingo a quinta de 10h às 22h

Sexta e Sábado de 10h às 22h30

6 – Manteigaria

Um sino avisa que tem fornada nova. Eles saem o tempo todo, sempre quentinhos, e são a estrela do dia. Para grande parte dos lisboetas, a Manteigaria – Fábrica de Pastéis de Nata, prepara os mais saborosos pastéis de nata da cidade, honrando esse que é um típico doce português. As iguarias são feitas na frente dos clientes. A casa abriu as portas em 2015 no Chiado, ocupando um ambiente que era parte de uma antiga manteigaria – daí o nome. Próxima à Praça Luís de Camões, no bairro Alto, é uma portinha com um estreito corredor e um balcão onde tudo o que se vê são formas e formas de pastéis de nata. Com os anos, foram inauguradas outras unidades.

Um adendo: para que não restem dúvidas, pastel de nata não é a mesma coisa que pastel de Belém – esses últimos são assim chamados porque são produzidos na famosa pastelaria em Belém, desde 1837. Os Pastéis de Belém são uma marca registrada e têm uma receita única e secreta. Todos os outros docinhos do gênero só podem ser chamados de pastéis de nata – são como uma panelinha de massa folhada recheada com um creme feito à base de leite, ovos, canela e raspinha de limão. Na Manteigaria, custam 1,20 euro, e podem ser levados em embalagens com seis unidades. Uma receita repleta de ternura para aquecer o coração.

O pastel de nata da Manteigaria costuma ser um pouco menos doce do que o de outras confeitarias. A fórmula do sucesso é simples e não precisa ficar fechada a sete chaves: a produção artesanal, a qualidade das matérias-primas – ovos inteiros, manteiga de qualidade em vez de margarina, açúcar a gosto, sem conservantes – e o processo de abertura da massa folhada que é todo feito à mão. O resultado é uma massa estaladiça e crocante e um creme açucarado na medida.

Em Lisboa, a loja original da Manteigaria fica no Chiado, na Rua do Loreto, existem outras unidades no Time Out Market, na Rua Augusta, em Alvalade e Belém, e mais duas na cidade do Porto, na região dos Clérigos e no Mercado do Bolhão. O estabelecimento também está presente em diferentes localidades em Portugal.

Endereço:

Rua do Loreto, 2, Chiado, Lisboa (unidade principal)

Horário de funcionamento:

Todos os dias, de 8h às 0h

@manteigaria.oficial

7 – Pastéis de Belém

É entre os doces que se encontra um dos tesouros gastronômicos de Portugal, um dos mais procurados em Lisboa e reproduzido pelo mundo. É o segredo da receita que faz o Pastel de Belém, originalmente feito desde 1837 no bairro lisboeta de mesmo nome, o motivo do sucesso – tem qualidade inigualável. Feito à base de açúcar, leite, ovos e massa folhada, o pequeno doce de formato redondinho é um símbolo da capital portuguesa e do país. A base dos ingredientes é conhecida, mas está na quantidade, nas prendadas mãos das pasteleiras (a produção é totalmente artesanal e a massa é feita por mulheres), ou quem sabe, algum toque especial escondido, o que faz dos pastéis de Belém em Lisboa únicos.

O pastel de Belém genuíno só é encontrado no local de nascimento do doce, uma pastelaria chamada Pastéis de Belém. A confeitaria fica perto do Mosteiro dos Jerónimos, que tem ligação direta com o surgimento do quitute. 

O pastel de Belém nasceu no início do século 19 dentro desse mosteiro, um dos destinos turísticos mais famosos de Lisboa. O doce teria vindo à público após a Revolução Liberal, que aconteceu na cidade em 1820 e extinguiu as ordens religiosas. Assim, os colaboradores do mosteiro teriam saído em busca de trabalho nas proximidades e a receita do pastel de Belém acabou indo junto com os criadores pasteleiros. 

Um deles, ao ingressar em um emprego na chamada “A antiga confeitaria de Belém”, uma refinaria de açúcar, começou a produzir o doce para comercialização na loja e fez o maior sucesso. A região de Belém, então lugar de atrativos como a Torre de Belém e também do próprio mosteiro, ficou ainda mais conhecida por conta do docinho saboroso vendido ali. Este local é o mesmo em que hoje funciona a confeitaria que passou a produzir a iguaria em 1937. Agora, a casa vive recheada também de clientes em busca da delícia.

Atualmente preparados na chamada Oficina do Segredo, na confeitaria oficial, os pastéis são considerados inclusive uma das 7 maravilhas da gastronomia portuguesa. Pouquíssimos funcionários têm acesso à produção de fato, justamente para que o segredo não se perca. Dessa forma também, a casa não abre filiais e franquias.

Já que se trata do pastel de Belém original, inevitáveis são as filas no local, especialmente no fim do dia e aos finais de semana. A fila que se forma na parte de fora é comumente de quem pretende levar a iguaria para viagem (dá para carregar no avião) e, por dentro do estabelecimento, há diversas mesas e sempre haverá um canto para quem chega e quer provar o pastel ali mesmo. São vários os salões, em estilo clássico e bem decorados, e dá para avistar a cozinha.

A confeitaria também serve outros doces e até refeições no almoço e jantar, igualmente saborosos. E não se surpreenda caso se depare com uma noiva por ali. Conta a tradição portuguesa que “noiva que come pastel, não tira mais o anel” – assim, é comum encontrar recém-casados comendo os maravilhosos pastéis de Belém, que custam 1,40 euros.

Endereço:

Rua de Belém nº 84 a 92, 1300 – 085 Lisboa Portugal

Horário de funcionamento: 

Todos os dias, de 8h às 23h

8 – Amorino Gelato

A Amorino Gelato é uma rede multinacional de boutiques de gelatos com sede nos arredores de Paris, França. A empresa foi fundada em 2002 por Cristiano Sereni e Paolo Benassi, dois amigos de infância. A primeira unidade abriu na Île Saint-Louis e a empresa cresceu, se destacando em um mercado competitivo com a oferta de sorvetes feitos com todo o sabor da tradição italiana. Em 2004, os proprietários abriram para franquias. Em julho de 2021, já eram mais de 200 lojas na Europa, Ásia, Estados Unidos e México, incluindo cidades como Milão, Paris, Nova York, Barcelona, Dubai, Berlim. Em Lisboa e região, a sorveteria tem cinco unidades.

A casa é fruto do fascínio dos donos pelos gelatos, transformado no prazer de recriá-los. Entre as delícias, receitas próprias, uma homenagem a tudo o que representa o sorvete italiano, algo que para a dupla significa emoção. Entre as sugestões dos criadores, o sorvete de pistache, favorito de Cristiano, e o de cereja Amarena, o predileto de Paolo.

Desde a inauguração, a Amorino utiliza ingredientes orgânicos em suas receitas, além de aplicar métodos de produção mais ecológicos. Todos os sorvetes são feitos também sem intensificadores de sabor, corantes ou aromatizantes artificiais. São diversos sabores, todos certificados como amigos do meio ambiente. Entre eles avelã, manga, café, morango, maracujá, coco, baunilha, framboesa, limão, citando apenas alguns. Os preços vão até cerca de 9 euros, em média. Estão ainda no cardápio sorvetes veganos e sem glúten. Um charme a mais é que o sorvete é servido em forma de flor. A gelateria também oferece macarons, crepes, waffles, tortas, biscoitos finos, milkshakes, chocolate quente, chás e café italiano.

Endereço:

Rua Garrett, 49, Chiado, Lisboa

Rua Augusta, 209, Baixa de Lisboa, Lisboa

Rua do Carmo, 1, Lisboa

Alameda dos Oceanos, 10611A, Shopping Vasco da Gama – Parque das Nações

Almada Forum, shopping center – Rua Sérgio Malpique, 2810-354 – Grande Lisboa

Horário de funcionamento:

Todos os dias, de 10h30 às 12h

Site:

www.amorino.com

9 – Doca de Santo

Às margens do Rio Tejo, esse restaurante é um lugar emblemático de Lisboa. O Doca de Santo, inaugurado em 1996, é o primeiro estabelecimento a abrir as portas na Doca de Santo Amaro. Aos poucos, caiu no gosto dos lisboetas e de quem visita a cidade. Fica em uma ampla esplanada, um verdadeiro refúgio de descanso, que chama para desligar da correria diária e apreciar a culinária, enquanto se avista o rio. O ambiente passou por um projeto de revitalização em 2018, que conferiu ao lugar uma decoração mais fluida e contemporânea. O novo lounge no exterior mantém a qualidade a que os clientes estão habituados.

No cardápio do restaurante, que faz parte do Grupo Capricciosa, também com a colaboração do chef José Avillez, as raízes portuguesas conversam com influências internacionais, em leituras modernas. São preparações que agradam quem busca uma refeição mais leve, os que gostam de petiscar ou quem prefere os clássicos pratos da casa, como o prego na frigideira, com ovo estrelado, batatas fritas às rodelas e molho de natas (oferecido por 12,50 euros) e o caril de gambas tailandês, com legumes grelhados e arroz thai (14,50 euros).

Endereço:

Armazém CP – Doca de Santo Amaro

Horário de funcionamento;

De segunda-feira a sexta-feira de 12h às 15h30 e de 19h às 0h, sábado e domingo de 12h às 0h

Site:

docadesanto.com.pt

10 – LX Factory

Uma área industrial abandonada totalmente recriada para receber expoentes da gastronomia e da arte. A LX Factory, em Lisboa, ocupa o lugar de 23 mil metros quadrados onde já funcionou a Companhia de Fiação e Tecidos Lisbonense, aberta em 1846, depois a Companhia Industrial de Portugal e Colônias, também a tipografia Anuário Comercial de Portugal e a Gráfica Mirandela. Com tempo, as empresas deixaram o local, que acabou sendo deixado de lado até que, em 2005, a companhia do setor imobiliário Mainsite se interessou pelo complexo e começou o projeto de renovação. Da construção original, prédios e armazéns foram mantidos, e hoje conferem uma atmosfera especial aos ambientes, lembrando um espaço que “fabrica” cultura.

Deu super certo, e agora a LX Factory é um espaço colorido, animado, cheio de gente, que reúne lojas, bares, restaurantes e cafés, livraria, marcas de design, arte e publicidade, e recebe ainda exposições e performances artísticas e apresentações musicais, além de oficinas, como as de cerâmica, serigrafia, marcenaria, bordado, entre outras. Aos domingos, uma feirinha ao ar livre oferece itens de artesanato, brechó e orgânicos de produtores da região.

No ambiente que aproveita o ar industrial, destaque para a obra de arte urbana de grafites que cobrem as paredes, e uma atenção especial para a grande abelha logo na entrada da fábrica, feita com material proveniente do lixo. Um cantinho diferente da Lisboa tradicional, no bairro de Alcântara, um dos mais antigos da capital portuguesa.

Na lista dos comes e bebes, estão restaurantes como: Ni Michi, reverência às raízes amazônicas, o Micro Burgers & Music, onde sempre tem algo delicioso para comer, beber e ouvir, Beer’s, muito mais que uma cervejaria, Matchamama, dedicado às gastronomias peruana e asiática, The Therapist, restaurante natural e consciente, Cucurico, que serve frangos portugueses, Mex Factory, de cozinha mexicana, e Lxeesecake By Madame Cheeselova, uma homenagem ao cheesecake. A lista segue com os restaurantes 1300 Taberna, Borogodó, Brigadeirando, Cantina, Central da Avenida, Chef Nino – Creparie e Gelataria, El Chanta, Landeau Chocolate, Malaca Too, Messe Lx, Sushi Factory e Único.

Nesta saborosa seleção, destaca-se o A Praça. Aberto em maio de 2014, é um ambiente descontraído, com uma variedade de ofertas gastronômicas, começando pelas célebres pastas frescas Italianas, entre tagliatelles, raviolis, penne e risottos, com preços entre 11 euros e 16 euros, passando pelos petiscos (como os peixinhos da horta com maionese de alho ou os cogumelos salteados com alho francês e perfumados com whisky, que saem por 5,1 euros) até a especialidade da casa, o bife com molho pesto (17 euros). 

Uma mistura entre a cozinha Italiana e a cozinha portuguesa, em que também se apresentam interpretações modernas de pratos tradicionais desses países. É um lugar de encontro, aberto para almoço, jantar e o lanche da tarde, sempre com produtos frescos e de qualidade. No ambiente de decoração retrô, os produtos são exibidos em vitrines em uma composição informal e descontraída, que valoriza o saber e o sabor.

Endereço:

Rua Rodrigues de Faria, 103, Alcântara, Lisboa

Horário de funcionamento: 

Aberto todos os dias, de 6h às 4h (os estabelecimentos têm horários variados)

Site:

www.lxfactory.com