A fascinante Toledo, na Espanha, é Patrimônio da Humanidade da Unesco desde 1987. O título faz jus às suas heranças culturais e a rica história. Toledo é chamada a “cidade das três culturas”, já que por muito tempo foi lugar de convivência harmônica entre cristãos, judeus e muçulmanos, um aspecto até hoje percebido pela presença das igrejas, sinagogas e mesquitas, muitas com quase 1 mil anos de fundação.

Foi fortaleza de reis espanhóis, assistiu a embates contra romanos e árabes, é polo de manufatura de aço, com as celebradas facas e espadas. Outra atividade característica da cidade é a produção de cerâmica e o artesanato, com destaque para os jogos de xadrez feitos à mão com personagens culturais e medievais.

A origem da cidade chega ao ano 192 A.C, quando foi ocupada pelos romanos. No século 6 foi tomada pelos visigodos, assim assumindo o posto de capital da Espanha Visigótica com o Rei Leovigildo, até a conquista ibérica pelos mouros no século 8. Foi em 1085 que o rei Afonso VI recuperou a cidade dos mouros e restabeleceu o controle da região, nesse momento elevada à posição de primeira capital da Espanha.

Até o século 16, foram anos prósperos, mas Toledo viveu uma época de declínio econômico depois que a corte espanhola mudou-se primeiro para Valladolid e, em seguida, para Madri, em 1561. A partir do século 20, a cidade recupera todo seu esplendor, agora celebrada como importante destino turístico.

As ruelas da região antiga de Toledo fazem o visitante voltar à Idade Média. Portões, castelos e pontes são testemunhas do tempo em que a cidade era uma das mais importantes da Europa. Os caminhos, que lembram um labirinto de subidas e descidas, são uma atração por si só, além dos monumentos propriamente ditos. 

Para quem gosta de caminhar, Toledo convida a passeios a pé. Os principais pontos podem ser conhecidos em um único dia, mas pelo menos um dia a mais faz a visita ainda mais rica.

Nascido na ilha de Creta como Domenikos Theotokopoulos, o pintor, escultor e arquiteto grego El Greco mudou-se para Toledo em 1577, onde viveu e trabalhou até sua morte. Hoje, é um personagem especial da cidade. Conhecer suas obras é um programa imperdível para quem aprecia a arte. Foi aí que o artista recebeu diversas encomendas e produziu suas pinturas mais conhecidas, como A Ascensão da Virgem (1577-1579) e O Enterro do Conde de Orgaz (1586-1588).

O QUE FAZER EM TOLEDO

PRINCIPAIS PONTOS TURÍSTICOS DE TOLEDO

Praça Zocodover

Principal praça de Toledo, a Praça Zocodover é parada obrigatória. O lugar conta a história da cidade, palco de touradas, manifestações culturais, onde estava um importante mercado do tempo dos mouros, que lhe deu o nome de origem árabe. Passando por ali, o turista pode respirar a agradável atmosfera das ruelas da cidade, experimentar os deliciosos doces de marzipan da confeitaria Santo Tomé, atravessar o arco do mais emblemático edifício da praça, encontrar Cervantes ou desfrutar de uma saborosa bomba toledana, preparação típica da gastronomia castelhana. A praça é hoje ponto de encontro, com lojas e cafés. Daí parte o trem que faz a visita panorâmica da cidade.

Sinagoga do Trânsito e Museu Sefardita

Sinagoga do Trânsito é como se conhece popularmente a Sinagoga de Samuel ha-Leví, amostra importante da arte hispano judia, localizada no coração do bairro judeu de Toledo. Erguida no século 14, é adornada com elementos mudéjares (tipo de arte e arquitetura cristã que incorpora influências do estilo hispano-muçulmano), belos traços geométricos, florais e inscrições árabes e hebreias. É um lugar que representa o rico patrimônio da civilização judaica. Durante o século 16, deixou de ser um hospital e asilo para se tornar exclusivamente uma igreja. 

Dentro da sinagoga, está o Museu Sefardita. A visita é um passeio pela história do povo judeu na Espanha desde a época romana até sua expulsão pelos reis católicos. O interior guarda preciosidades como objetos mesopotâmicos, moedas, contratos matrimoniais, utensílios litúrgicos, mapas, restos arqueológicos e funerários, maquetes, entre outros, além de uma biblioteca especializada e uma videoteca.

Catedral Primaz de Toledo

Uma das três catedrais góticas espanholas do século 13, a Catedral de Toledo, sede da Arquidiocese de Toledo, é considerada a obra magna desse estilo no país. Com projeto inspirado na Catedral de Bourges, na França, a obra aconteceu entre 1226 e 1493. Na arquitetura, também exibe características do estilo mudéjar. Foi construída com pedras de Olihuelas, sítio arqueológico perto de Toledo. 

Destaque para o magnífico altar barroco chamado El Transparente, construído por Narciso Tomé. O trabalho aproveita uma abertura na parte de trás da catedral e, quando a luz vinda da fenda no teto banha o interior, o altar, por alguns instantes, parece elevado aos céus. A catedral tem mais de 750 vitrais e é onde o rei de Portugal Sancho II está sepultado.

Museu de Santa Cruz

‌O Museu de Santa Cruz é um reduto de arte, arqueologia e etnografia. Situado no centro histórico de Toledo, exibe coleções de obras pertencentes à cidade, incluindo trabalhos de El Greco, que desenvolveu a maior parte da sua carreira na Espanha. O museu ocupa um edifício que, na arquitetura, é um importante representante do século 16, o antigo Hospital de Santa Cruz, tombado como patrimônio, desde 1902 bem de interesse cultural, e símbolo do estilo renascentista espanhol.

Museu dos Concílios e da Cultura Visigoda (Igreja de San Román)

Ícone de beleza e história, a Igreja de San Román, impulsora da atividade cultural de Toledo, abriga o Museu dos Concílios e da Cultura Visigoda. É uma viagem pela trajetória do antigo Reino Visigodo, cuja capital foi precisamente a cidade de Toledo. O acervo permite compreender esse período histórico da Espanha, que vai do século 5 ao século 8, perpassando o momento em que os povos godos invadiram a Península Ibérica logo após a queda do Império Romano, até quando os muçulmanos tomaram o território e conquistaram o Reino Visigodo, já decadente. 

Poucos monumentos da época visigoda resistiram ao tempo. Algumas igrejas localizadas em áreas rurais ainda guardam o conhecimento de sua arquitetura e elementos artísticos. A arquitetura religiosa desse povo lembra os modelos romanos e orientais, especialmente em relação às basílicas. No museu em Toledo, estão elementos ligados aos templos religiosos do período visigodo, caracterizados por desenhos geométricos ou vegetais, inspirados na decoração dos mosaicos romanos, e carregados de simbolismo.

Alcázar de Toledo

Construção edificada sobre rochas, primeiro uma fortificação, o Alcázar de Toledo está na porção mais alta da cidade. Ali existia um palácio feito no século 3, concebido pelos romanos, quando da dominação da Península Ibérica. Quando os espanhóis expulsaram os mouros, na chamada Reconquista, os reis Afonso VI e Afonso X decidiram por uma grande restauração e, em 1535, Carlos I fez do Alcázar de Toledo residência oficial dos reis da Espanha. À época da Guerra Civil Espanhola, no século 20, o Alcázar funcionou como ponto de defesa, e foi praticamente destruído pelos apoiadores da Segunda República, em um cerco de 70 dias. 

A Biblioteca Castilla-la Mancha, a mais importante da região de Toledo, está aí abrigada. Sua fundação, pelo rei Carlos III, leva ao século 18. Com a perseguição às ordens religiosas, a biblioteca passou a ser pública e, em fins do século 20, foi transferida para o último andar do Alcázar de Toledo, onde hoje também está o Museu do Exército. Inaugurado pelo Príncipe das Astúrias, rei de Espanha Filipe VI, o museu tem acervo composto por réplicas em miniaturas de batalhas, armaduras de vários países, armas como canhões, caixas enigmas decodificadoras dos códigos secretos alemães, entre outros elementos.

Museu El Greco

As obras de El Greco podem ser apreciadas nas igrejas, conventos e centros culturais de Toledo, mas a cidade também guarda o único museu especialmente dedicado ao pintor na Espanha. O Museu El Greco foi criado no início do século 20 pelo Marquês de Vega Inclán, um dos primeiros defensores da recuperação do trabalho do importante artista. Sua origem coincide com um movimento pela revalorização da obra de El Greco, assim como pela necessidade de reunir e expor algumas de suas criações, àquele momento em estado lamentável e dispersas pela cidade. 

Dessa forma, o marquês adquiriu casas em ruínas dos séculos 15 e 16 e, após revitalizá-las, destinou as construções para receber o museu. Supôs que as casas haviam sido morada do pintor, em pleno bairro judeu da cidade, mas não é verdade. Com isso, por muito tempo a instituição foi chamada Casa Museu El Greco. Na realidade, El Greco viveu no Palácio do Marquês de Villena, destruído em um incêndio. Tal palácio estava bem em frente ao museu, atualmente um jardim no qual foi erguido um monumento em homenagem ao artista. 

Com as casas reformadas, a ideia do Marquês de Vega Inclán foi recriar os ambientes e mostrá-los como a verdadeira residência do pintor, evocando sua personalidade, e esse trabalho acabou contribuindo para o surgimento do chamado “estilo espanhol” na decoração. A visita ao museu inclui os curiosos banhos medievais, descobertos durante a construção e, além do interior, vale passear pelos lindos jardins.

Real Colégio das Nobres Donzelas

Fundado em 1551 pelo arcebispo de Toledo e cardeal Juan Martínez Silíceo, o Real Colégio das Nobres Donzelas está localizado na praça dedicada ao cardeal. É um lugar não tão conhecido em Toledo, mas compensa a visita. É uma antiga escola para meninas e o projeto, cujos patronos foram o rei Filipe II e o arcebispo, tinha como finalidade promover a educação das jovens para serem boas mães. Ali ingressavam garotas entre sete e dez anos de idade, que permaneciam no instituto até o casamento. Caso ficassem solteiras, poderiam continuar ali. 

Instalado em 1554 na residência que pertenceu a Don Diego Hurtado de Mendoza, o colégio ostenta fachada de tijolo concluída no século 17. Ao longo do tempo, também incorporou o estilo neomudéjar e, depois, o neoclássico. Por dentro, beleza nas composições espaciais, e obras de relevante valor artístico. No centro da igreja, o lindo sepulcro do cardeal fundador, realizado pelo escultor Ricardo Bellver y Ramón, em 1890, assume posto de protagonista.

Igreja dos Jesuítas

A Igreja dos Jesuítas segue o estilo barroco do século 18. Abriga diversos templos de adoração e obras de arte magníficas. Sua origem remonta a mais de três séculos. Registros históricos dão conta de que está situada no local de nascimento de San Ildefonso, padroeiro de Toledo. Aberta para os cultos em 1718, preserva na capela-mor um retábulo original com afrescos, entre colunas e uma moldura pintada em perspectiva.

Os grandes retábulos barrocos, em cada lado da nave central, tornam a igreja um verdadeiro museu de esculturas. É testemunha da história da Companhia de Jesus, presente em Toledo há séculos. As grandiosas torres gêmeas, com mais de 50 metros de altura, oferecem ao visitante uma experiência única. Daí é possível apreciar uma paisagem privilegiada de Toledo.

Mosteiro de São João dos Reis

‌Com arquitetura de traço gótico isabelino, o Mosteiro de São João dos Reis, em Toledo, é uma das mais significativas amostras do estilo na Espanha. É tido como um dos mais bonitos templos góticos do país. Foi criado para ser o local onde seriam sepultados os reis católicos, e percorrer suas muralhas é absorver toda a história de que é detentor. O claustro do mosteiro é único na cidade. Em todos os quartos, distribuídos em dois andares, respira-se o silêncio que faz sair do burburinho da cidade para aproveitar momentos de calma. A vegetação exuberante, os tetos em caixotões… tudo leva à sensação de estar no paraíso.

Mesquita Cristo da Luz

A Ermida do Cristo da Luz é uma mesquita erguida no ano de 999, o monumento mais antigo de Toledo. É da época califal, como se chama a forma de governo islâmico que dominou a maior parte da Península Ibérica e do Norte de África, com capital em Córdoba, na Espanha. Pequena, mas cheia de arte e história, guarda diferenças e semelhanças com a grande mesquita de Córdoba, e é uma atração turística que não pode ficar fora da lista da visita a Toledo. Conta as particularidades da cultura islâmica da cidade. Fala sobre a conquista de civilizações que protagonizaram uma parte importante da história de Toledo, traduzida nos espaços da mesquita transformada em igreja.

Igreja de São Tomé – Enterro do Senhor de Orgaz

No centro histórico de Toledo, está a Igreja de São Tomé de Toledo, fundada depois da reconquista da cidade pelo rei Afonso VII de Castela. Dados históricos do século 12 registram a existência da igreja, cuja construção leva ao século 11, quando ocupou o lugar de uma antiga mesquita. Aí está a famosa pintura de El Greco, O Enterro do Senhor de Orgaz, para muitos a obra pictórica mais influente da história universal. A igreja é um dos espaços mais visitados na Espanha, de beleza que salta aos olhos. Os amantes da arte e da pintura encontram aí um lugar para se inspirar.

Igreja do Salvador

‌A Igreja do Salvador, concluída em 1159, é pequena, mas não se engane. É um edifício precioso, reconstruído quatro vezes sucessivamente, uma construção sobre a outra. Está em um dos eixos mais movimentados do centro histórico de Toledo, porém até mesmo muitos nativos desconhecem essa joia. Todas as civilizações que povoaram a cidade deixaram sua marca neste canto do bairro judeu. Um lugar único, enigmático e surpreendente, com destaque para a pilastra visigótica. A visita leva ao percurso pelo subsolo de Toledo e à descoberta dos segredos que guarda. De fato, um tesouro escondido.

Sinagoga de Santa Maria la Blanca

A Sinagoga de Santa Maria la Blanca é de estilo mourisco do século 12. Já foi a principal sinagoga de Toledo e, hoje convertida em igreja, é um dos edifícios mais emblemáticos da cidade. Tem salão com arcos em forma de ferradura e guarda nas colunas brancas um símbolo da identidade local, lembrando a história dos judeus há séculos. Refúgio de paz, a sinagoga leva para um outro tempo. A construção evidencia a cultura sefardita e o ótimo estado de conservação mostra a obra como era em sua origem. O lindo jardim circundante enriquece a experiência.

DICA

Uma dica de ouro para quem vai a Toledo é comprar a Pulseira Turística de Toledo, que pode ser adquirida pela internet por 12 euros, e dá acesso a sete monumentos: Igreja dos Jesuítas, Igreja do Salvador, Igreja de São Tomé, Sinagoga de Santa Maria la Blanca, Mosteiro de São João dos Reis, Real Colégio das Nobres Donzelas e Mesquita Cristo da Luz. A pulseira é pessoal e intransferível, e é uma vantagem para o bolso do viajante, já que, separadamente, a visita a cada um desses pontos turísticos custa em torno de 2,8 euros. Nós somos parceiros da Civitatis, uma empresa confiável e segura, que vende passeios no mundo inteiro. Comprando por esse link nós ganhamos uma pequena comissão e você nos ajuda a manter o blog.

ONDE COMER

Depois de conhecer os lugares históricos de Toledo, o turista pode escolher onde fazer suas refeições nos estabelecimentos pelas ruazinhas da cidade. Na Calle Rea del Arrabal, por exemplo, estão restaurantes de renome, como Valinor, El Tirador, Hacienda del Cardenal Restaurante, Virgen de La Estrella, Churreria Catalino, Cerveceria Tito Boa, Masamadre, El Penon, Jacaranda e muitos outros. 

A Praça Zocodover também está recheada de barzinhos, pubs, restaurantes e quiosques que podem ser a opção para almoçar, jantar ou para um lanche rápido. O local é movimentado, principalmente à noite, quando as cervejarias ficam abertas. Perto do Museu Alcázar, na Plaza Mayor, estão os restaurantes mais famosos de Toledo. Tem de tudo, para todos os gostos, na cidade conhecida por ser o berço do famoso guisado de carne.

ONDE FICAR

A região do Alcázar e da Praça Zocodover, no centro histórico, é a melhor para se hospedar em Toledo. A 200 metros da praça, está o Hotel Carlos V, boa opção de estadia. Ao lado do Alcázar, o Hotel Alfonso VI é também muito procurado. Ainda na praça, está o Hotel Domus, e uma alternativa para economizar é o Hostal la Posada de Zocodover, entre a praça e a catedral.

Há muita oferta de hospedagens espalhadas pelo centro medieval. Ainda na região histórica, nos arredores da catedral, estão, por exemplo, o Hotel Santa Isabel, a La Posada de Manolo, o Eurico e a Hospedaria Casa de Cisneros. Na região judia, na parte mais baixa do centro histórico, um pouco mais longe da Praça Zocodover, fica o Sercotel San Juan de los Reyes.

Se a ideia é gastar menos, nos arredores da Puerta de Bisagra, onde a cidade murada se une à cidade por fora dos muros, estão alguns hotéis baratos, como o Hotel Sol, o Hostal Sol e o El Hostal Puerta de Bisagra.

Fora da cidade amuralhada, mais distante dos pontos turísticos, o visitante tem à disposição outras hospedagens econômicas, como o Hostal Madrid e o Princesa Galiana, ao lado da estação de trem.

Com a melhor vista de Toledo, do outro lado do Rio Tajo, perto do Mirador del Valle, aberto para o lindo panorama do centro histórico, o Parador de Toledo é um dos hotéis mais refinados da cidade.

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COMO CHEGAR

A distância de Madri para Toledo é de 58 quilômetros. A melhor maneira de ir de Madri para Toledo é de trem e leva 1 hora e 56 minutos. Custa a partir de 14 euros. Os trens que vão para Toledo partem de Madri pela estação Atocha. Saem de hora em hora, e o turista pode comprar por trecho, ou ida e volta. Com a segunda opção, fica mais barato. É possível adquirir as passagens pela internet, ou direto na estação. 

Como alternativa, a viagem também pode ser feita de ônibus, ou por empresas de turismo. O ônibus sai da região sul de Madri, na estação Plaza Elíptica, o percurso demora cerca de 1 hora e meia, e o valor da passagem é a partir de 6 euros. As excursões, com a vantagem do banco poder ser reservado pela internet, e com um guia de turismo no trajeto, tem o preço médio é de 27 euros e sai da Plaza de Oriente, que fica próximo ao Teatro Real, em Madri.