Até que enfim eu estava indo para os Estados Unidos! Todas as vezes que programávamos de ir para lá, mais precisamente para Miami, casa do tio Tom do Marden, acabávamos descobrindo uma feira na Europa e mudávamos de rumo. Mas agora não teríamos desculpa, aproveitaríamos um evento de turismo (a IPW) que se realizaria em Orlando e poderíamos conhecer as duas cidades. 

Confira o passo-a-passo desta viagem!

O que fazer em Orlando

Voo Belo Horizonte x Orlando

Essa seria a primeira vez também que eu voaria de Copa Airlines. Chegamos no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, e adoramos o up grade para a classe executiva que recebemos ao embarcar. Miguel, o comissário de bordo panamenho, da classe executiva, que falava português, não poderia ter sido mais cordial, atendimento impecável! Adorei o voo que apesar de ser de 8h até o Panamá, onde faríamos conexão para Orlando, passou super-rápido. Não sei se pelas deliciosas comidas e bebidas que não paravam de ser servidas, pelo entretenimento de bordo, com diversos filmes e programas, ou pelo conteúdo da revista de bordo “Panorama”. Sem falar que nada melhor do que descansar nas enormes poltronas que reclinavam bem, com as meias, a venda e a mantinha fornecida no kit de amenities. A conexão no Panamá, hub da Copa Airlines, foi muito rápida e fácil, bastou descer de um avião e entrar no outro, em um curto tempo de espera. Do Panamá para Orlando foram mais 3 horinhas de voo.

Serviço

Passagens de Belo Horizonte para Orlando a partir de R$ xxx (na classe econômica) e R$ xxx (na executiva).

Mais informações e reservas: copa.com ou consulte sua agência de viagens.

Hotel e aluguel de carros em Orlando

Enfim chegamos a Orlando. Estava um pouco apreensiva com a temida imigração, mas confesso que foi rápido e tiramos de letra, nem precisei usar meu inglês, pois o atendente falava “portunhol”. Fomos ao balcão da locadora Hertz e retiramos o carro que havíamos reservado, seguimos as placas e chegamos ao Days Inn, hotel que também já tínhamos feito reserva. Quando acordamos no dia seguinte percebemos que o hotel não era bem aquilo que esperávamos e decidimos ir até ao posto de informações turísticas do Visit Orlando, que fica na International Drive – principal avenida da cidade. Fomos muito bem atendidos e encontramos informações de praticamente todas as atrações da cidade em português. Além deles terem nos dado dicas de hotéis e de locadoras.

Fomos então para o Red Roof, hotel do jeito que gostamos, boa cama, bom chuveiro, boa localização e um bom preço, com o melhor custo-benefício. Entramos no Decolar.com e reservamos um carro na Alamo, que estava com o preço bem melhor que a Hertz. Com tudo ajeitado fomos então para a IPW, onde fizemos bons contatos e pudemos conferir de perto as novidades do país. Com a missão cumprida era hora de começar a diversão.

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Booking.com

Alimentação em Orlando

A nossa tática para economizar nas viagens é sempre fazer umas comprinhas no supermercado para abastecer o frigobar do hotel e a bolsa. Fomos diversas vezes no Walgreens, minimercado com o essencial e também fomos ao famoso Walmart, que vende de alimentos a eletrônicos, passando por cama, mesa e banho. Um dos melhores restaurantes que estivemos foi o Red Lobster, que serve deliciosos frutos do mar acompanhados de chope artesanal ou coquetel. Outro lugar bacana foi o Denny’s, que eu não estava dando nada por ele, mas a comida era saborosa e barata. Fomos também ao maior Mc Donald’s dos Estados Unidos, que além de hambúrgueres serve pizzas, refeições, bolos… e ainda tem um andar inteiro com jogos tipo fliperama e lojinha para a alegria dos clientes. 

Compras em Orlando

Não poderia ir a Orlando e não visitar os shoppings. Nossos escolhidos foram o Orlando International Premium Outlets, com mais de 180 lojas de grifes queridinhas dos brasileiros como Tommy Hilfiger, Victoria’s Secret e Michael Kors a preços que mesmo com o dólar alto compensam e o The Florida Mall, também com diversas lojas de grife e algumas de departamento como a Macy’s, que vendem todas as marcas a preços ainda mais baixos que as próprias lojas, que adorei! Os dois shoppings vendem guias de desconto, mas só valem a pena se você for comprar muito, pois muitas vezes as promoções das lojas são mais vantajosas do que os cupons do guia, e como os descontos não são cumulativos, às vezes, não compensam. Outras dicas são as lojas de departamento como a Target e a Marshalls, que tem de tudo um pouco e se você tiver paciência encontra boas pechinchas.

Dicas

  • Alugue um carro 

Os preços são baixos, e com promoções para a semana, quinzena e o mês, e a comodidade vale muito a pena.

  • Prefira os tíquetes express dos parques

Eles são mais caros, mas você economizará tempo para poder aproveitar todo o dia no parque e não precisar voltar.

  • Use protetor solar 

O sol é muito forte e como você ficará exposto muitas horas por dia o protetor é indispensável.  

  • Montanha russa

Se gosta de montanha russa, procure ir assim que entrar no parque, ainda na parte da manhã, pois dependendo da época, à tarde costuma chover e relampejar, e o equipamento fica desativado temporariamente.  

Parques em Orlando

Walt Disney World

O primeiro lugar que eu queria ir era a Disney, afinal até pouco tempo atrás eu achava que era só isso que tinha em Orlando. Admiradora de Walt Disney estava curiosa para confirmar tudo o que havia lido na biografia dele. O único problema é que tínhamos apenas 1 dia para visitar os quatro parques do complexo – Magic Kingdom, Epcot Center, Hollywood Studios e Animal Kingdom. Como tenho medo de bichos eliminei o Animal Kingdom e por falta de informação acabamos tirando também o Hollywood Studios.  Eu estava louca para ver o castelo da Cinderela, mas como queria assistir ao famosíssimo show de fogos que acontece às 21h, deixaria o Magic Kingdom por último. 

Epcot Center 

Fomos primeiro ao Epcot Center, onde já pudemos perceber a cordialidade dos funcionários. Era só parar para olhar o mapa que já vinha alguém perguntando se podia ajudar. Era só fazer as poses para as fotos que sempre vinha alguém se oferecer para tirar. Impressionante! Como tínhamos pouco tempo queria dar uma volta geral pelo parque para depois então escolher as atrações que queríamos ir. O parque é lindo, com atrações voltadas para tecnologia e comunicação e com áreas temáticas de cada país. Tínhamos o fast pass, mas como não havíamos agendado anteriormente as três atrações que gostaríamos de “furar fila” não pudemos desfrutar do benefício. Sendo assim, fomos só a Spaceship Earth, a bola símbolo do parque, que conta a história da comunicação desde os primórdios até os dias atuais. Afoita para conhecer outras coisas e com o relógio a nosso favor, decidimos conhecer também o Hollywood Studios. Pegamos o ônibus interno e gratuito da Disney e lá fomos nós.

Hollywood Studios 

Ao chegar a surpresa foi grande. Agora sim eu estava na Disney! Me senti no meio de filmes com aqueles carros e lojas em estilo retrô. Foi lá também que achei o famoso e delicioso Legs Turkey, perna de peru defumado que via todo mundo comendo e postando foto. Demos uma volta geral pelo parque e decidimos ir na Tower of Terror, a fila dava voltas e mais voltas e o tempo de espera estimado era de 2 horas. Foi ai que lembrei do fast pass e consegui agendar para dali 5 minutos pelo aplicativo do celular. Foi ótimo “furar a fila”, eu só não sabia que o brinquedo era um elevador, achei que fosse um trem fantasma. Quando o carrinho despencou no escuro quase morri do coração! Outra atração que fomos foi o Muppet Vision 3D, que achei bem sem gracinha. Parque conhecido era hora de ir para o tão esperado Magic Kingdom. Pegamos outro ônibus interno e gratuito e fomos ao encontro do Mickey.

Magic Kingdom 

Quando chegamos ao parque fomos direto as informações turísticas para poder ajustar o fast pass e por sorte achamos uma atendente mineira, que resolveu nossa demanda e nos deu várias dicas. Quando vi todo mundo sentando no banquinho para tirar foto com o Disney e a Minnie é claro que tirei também. E quando avistei o castelo da Cinderela, capaz que foi 1 hora de selfies e mais selfies. Era tudo lindo e mágico, igual eu imaginava! Fomos então na Seven Dwarfs Mine Train, a Montanha Russa dos Sete Anões, uma das atrações mais novas do parque, mas achei bobinha, esperava mais. O que mais chamou a atenção foi os estacionamentos de carrinhos de bebê, centenas e centenas de carrinhos enfileirados. Como o dia já estava terminando e eu não podia ir embora sem tirar uma foto com o Mickey, lá fui eu achando que o fast pass estava ativo, mas não havia mais fast pass disponível para esta atração. Tive que entrar na fila comum e esperar quase 2 horas para um clique ao lado do ratinho mais famoso do mundo. Mas valeu à pena! Apesar de o Mickey não estar com o modelito clássico que eu gostaria de vê-lo, quando ele falou português comigo quase cai para trás. Como assim que o Mickey fala português, gente?! Perdemos muito tempo na fila para a foto com o Mickey e quando saímos o desfile que terminaria com o show de fogos já havia começado. Era tanta gente que não tinha como ver nada, então decidimos ir para o hotel descansar. 

Fiquei com pesar de não ter ido ao Animal Kingdom, pois também deve ser lindo. E sim, voltaria em cada um deles, de preferência podendo visitar um parque por dia!

Serviço

Ingresso de 4 dias, um dia para cada parque = $ 305 + imposto

Opção Park Hopper, que dá direito de ir a mais de um parque por dia = $ 64 + imposto

Mais informações: disneyworld.disney.go.com 

Universal

No dia seguinte fomos para a Universal Orlando Resorts, complexo com dois parques temáticos, o Universal Studios e o Island of Adventure. Estes dois parques foram os meus preferidos! Tudo colorido, alegre e com atrações mais a minha cara. 

Universal Studios 

Primeiro fomos ao Universal Studios. Apesar de querer ir nas montanhas russas tentava sempre deixar para o final, pois estava com medo. Mas aí não tive escapatória, o Marden já enlouqueceu quando viu a Hollywood Rip Ride Rockit e lá fomos nós para a fila, com o Express Pass, no qual o tempo de espera era 10% da fila comum. Quando entrei no carrinho nem escolhi qual música queria ouvir no trajeto só queria saber se o cinto estava bem preso. De repente o carrinho ficou a 90º do chão e não parava de subir rumo ao sol. Eu só pensava, tudo que sobe desce. Quando o carrinho ficou na horizontal já podia saber que viria chumbo. Dito e feito. Descidas, loopings, subidas e curvas em alta velocidade. No final achei ótimo, mas na hora travei no carrinho e não consegui nem gritar. Abrir o olho era fora de cogitação. A atração seguinte foi The Simpsons Ride, a área deles no parque é tão legal que eu nem sabia como era o brinquedo e fui logo entrando na fila. Este foi um dos mais bacanas, entramos numa cápsula em uma sala com tela 360º e embarcamos em um dos episódios da série. Foi muito legal! De lá fomos ver o Despicable Me Minion Mayhem, os astros do momento. O brinquedo também é muito legal, com passeio 3D e no final, fotos com os Minions e o Gru. De lá fomos ao Shrek 4D, que não curti muito. Para o gran finale havia deixado a área do Harry Potter, pois pegaríamos o trem para o outro parque. Pena que começou a chover e não conseguimos ver as atrações do Beco Diagonal muito bem, mas o embarque na plataforma 9 ¾ no Hogwarts Express foi super emocionante. Lá estavam as corujas brancas e vários bruxos. 

Island of Adventure 

Quando chegamos ao Island of Adventure fomos direto a Hogwarts, o castelo do Harry Potter. Impressionante a reprodução fiel de tudo que foi descrito nos livros e mostrado nos filmes. A atração na capsula com tela 360º é muito bacana, com direito até a partida de quadribol. Logo depois fomos na Dragon Challenge, montanha russa suspensa, aquela que o trilho fica na cabeça e você vai com os pés balançando. Era uma linha vermelha e uma linha azul, ou seja, você tinha que ir duas vezes, muito legal também. Como não parava de chover e tínhamos pouco tempo, o jeito foi desbravar o parque na chuva mesmo. Paramos na The Amazing Adventures os Spider-Man, atração do Homem Aranha, que também era fechada, dessas capsulas com tela 360º que são as minhas preferidas, e embarcamos numa aventura de tirar o fôlego! Logo após fomos ao Doctor Doom’s Fearfall, que mal sabia eu que era um elevador. Sentei na cadeira e quando percebi já estava a 46m do chão e com vista para o parque todo. O negócio subiu e desceu 500x numa velocidade mais rápida que a gravidade. Quando acabou nem acreditei! De lá fomos até a The Incredible Hulk Coaster, a montanha russa do Hulk, atração que o Marden mais queria ir, mas por causa dos relâmpagos estava fechada e não conseguimos experimentar. Na hora dei graças a Deus, mas agora confesso que fiquei com vontade de ir. Ficamos lá até o parque fechar e se tivéssemos mais tempo gostaríamos de ter ido a todas as atrações, mas fica para a próxima.

Serviço

Ingresso de 2 dias, park-to-park = $ 194 + imposto

Opção Express Pass, para furar filas = $ 39,99 + imposto

Mais informações: universalorlando.com 

Sea World

A próxima aventura seria nos parques do Sea World – Sea World, Busch Gardens e Aquática. 

Sea World 

Fomos primeiro ao Sea World, onde o Marden já quis ir direto para a fila da Manta, a montanha russa que você vai de barriga para o chão. Eu fiquei em pânico na fila, mas quando acabou achei demais! Depois assistimos ao lindo show das baleias no Shamu Stadium, fomos a TurtleTrek, uma experiência 3D com tela de 360º que achei sem graça, e a Journey to Atlantis, um passeio num barquinho que termina em uma queda d’água. Queríamos ter ido também na Kraken, uma das maiores montanhas russas de Orlando, mas novamente por causa dos raios, ela estava fechada. 

Busch Gardens 

No dia seguinte pegamos a excelente estrada rumo a Tampa, que fica a 1 hora de Orlando, para conhecer o temido Busch Gardens, o paraíso das montanhas russas. Eu estava morrendo de medo e até tentei fazer com que não fôssemos, mas ainda bem que fomos, pois foi muito divertido! Encaramos todas as montanhas russas – Cheetah Hunt, Montu, Kumba e Sheikra, mas a minha predileta foi a Sheikra, até agora não consigo explicar o frio na barriga quando o carrinho para alguns segundos no alto da descida a 90º e depois despenca. Confesso que não tive coragem para ir no Falcon’s Fury, pois já devem ter percebido que não sou fã de elevadores. Mas lá foi o Marden, subindo, subindo, subindo e de repente virado de barriga para o chão e descendo a uma velocidade impressionante. A cara dele quando chegou na terra foi a melhor. hehehe… Eles até demoram a liberar os cintos para que as pessoas se recuperem. Fomos também no Congo River Rapids e no Tanganyika Tidal Wave, atrações com água que não gostei muito. Uma atração muito bacana é o teleférico, de onde pudemos observar os animais do safári e atravessar de um ponto a outro do parque. Queríamos ter feito o passeio de Maria-Fumaça, que passa no meio do safári, mas infelizmente não deu tempo.

Aquática 

No dia seguinte fomos enfim a um parque aquático, que, diga-se de passagem, é uma ótima pedida para o calorão de Orlando. O Aquática fica em frente ao Sea World e tem várias atrações legais. São diversos toboáguas com boias individuais ou duplas, piscina de onda e o famoso Dolphin Plunge, toboágua transparente, que passa pelo aquário dos golfinhos. Sem duvida os melhores são o Ihu’s Breakaway Falls, no qual você entra em um tubo e de repente o chão se abre e o Taumata Racer, que você vai de ponta, com um tapete. 

Serviço

Ingressos para os 3 parques, um parque por dia = $ 119 + imposto

Opção Quick Queue, para furar filas = $ 19 + imposto no Sea World e $ 19,99 + imposto no Busch Gardens

Mais informações: seaworldparks.com.br

Mapa dos atrativos de Orlando

Viagem realizada por Luana Bastos e Marden Couto em junho de 2015
 

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