O Chile é um destino para ser apreciado aos poucos e em mais de uma viagem. Sua geografia de extremos (4.270 km de extensão por 360 km de largura), espremido entre o Pacífico e as cordilheiras dos Andes, garante a seus visitantes uma das viagens mais cenográficas de todo o continente. No norte, as terras áridas do Atacama contrastam com o sul gelado da Patagônia. Ao centro, a capital Santiago consegue encantar com um visual único da Cordilheira dos Andes.
O que fazer no Deserto do Atacama
- San Pedro de Atacama
- Deserto do Atacama
- Vales da Lua e da Morte
- Salar do Atacama
- Gêiseres Tatio
- Lagoas Miscanti e Minique
- Onde se hospedar
San Pedro de Atacama
Mesmo recebendo cada vez mais visitantes, o pequeno povoado de cerca de 5 mil habitantes não se entrega às modernidades e preserva ruas de terra e casinhas rústicas erguidas com adobe, como nos velhos tempos em que os primeiros atacamenhos viviam na região há 11 mil anos.
Além da mineração, base da economia, com a exploração de cobre e de lítio, e da agricultura, importante fonte de subsistência, o turismo destaca-se com diversas ofertas de serviços e de meios de hospedagens, do mais simples aos luxuosos, atendendo a todos os gostos e bolsos.
No centro, visite a Igreja de San Pedro, em estilo andino, feita de adobe, no século XVI; o Museu Arqueológico, com um rico acervo; e o Centro de Artesanato, para as lembranças.
As atrações naturais mais interessantes estão localizadas fora da cidade. O visitante que não tiver no pacote os passeios incluídos deve recorrer às agências locais. O roteiro é bem variado: aldeias soterradas, desertos de sal e até gêiseres fumegantes.
Caminhar pelas trilhas do deserto contemplando os cenários singulares transformam o passeio em uma experiência inesquecível. Aventure-se!
Deserto do Atacama
O Deserto do Atacama é considerado o mais alto e mais árido do mundo e com a maior estiagem, cerca de 1.400 anos sem indícios de chuvas. Situado ao norte do Chile, a 2.400 metros de altitude, o solo é composto por sal e areia, e a paisagem é formada por erosões, dunas, montanhas, lagoas, vulcões e cânions.
Com clima seco, a temperatura varia entre 27ºC de dia e 4ºC à noite, dependendo da estação. A flora da região é formada essencialmente por árvores de pequeno porte, como os cactos. Enquanto a fauna é bem diversificada: mamíferos – guanacos, vicunhas e lhamas; roedores – vizcacha e chinchilla e aves – flamenco, condor e colibri.
O deserto atrai pessoas de todo lugar: aventureiros, esportistas, mochileiros, motociclistas, fotógrafos, pesquisadores, astrônomos, e arqueólogos sempre em busca de novas descobertas e emoções.
Poucas cidades são encontradas em seus 1.000 km de extensão, as principais são: Calama, onde fica o aeroporto que acessa a região e está próxima à maior mina a céu aberto do mundo: Chuquicamata. E San Pedro de Atacama, a 100 km do aeroporto, é o ponto de passagem e encontro de turistas da região.
Vales da Lua e da Morte
Localizados na Cordilheira de Sal, esses dois vales fazem parte de um dos roteiros básicos para o turista que visita a região. Seus nomes são uma referência à geografia local que lembra, respectivamente, o solo lunar e a aridez na qual a vida parece impossível. No Mirante de Cari, próximo ao povoado, avista-se os dois vales e o pôr do sol, com direito a piquenique acompanhado do vinho nacional
Salar do Atacama
Esse imenso deserto de sal guarda os cenários mais impressionantes da região. É ali que se concentram atrativos naturais como uma extensa área de 320 mil hectares com pedaços de sal de até 70 cm de altura, lagoas repletas de aves migratórias como flamingos e campos abertos nos quais as agências costumam montar mesas com quitutes, vinho e pisco para observação do pôr do sol sobre o Vulcão Licancabur, um dos ícones naturais da região. O destaque fica para os Ojos del Salar, duas imensas e misteriosas crateras que acumulam águas em tons azulados.
Gêiseres Tatio
A 4.300 metros de altitude aos pés do Vulcão Tatio, esse campo geotérmico é uma das principais atrações do deserto. O passeio é feito bem cedinho por volta da 5h, já que ao amanhecer afloram-se violentos jatos a vapor a partir dos poços de água fervente e das fissuras na superfície, alcançando a temperatura de 85°C e 10 metros de altura.
Lagoas Miscanti e Minique
Na Reserva Nacional dos Flamingos estão as Lagoas Miscanti e Minique. A admirável paisagem do azul do céu e das águas dos lagos, e ao fundo os vulcões, geralmente nevados em sua cabeceira, compõe o cenário merecedor da capa deste jornal.
Onde se hospedar no Deserto do Atacama
O Nayara Alto Atacama, a três quilômetros do centro de San Pedro, fica rodeado pelas ruínas Pukara de Quitor e à beira de um estreito rio, com uma espetacular paisagem. Literalmente um oásis!
O hotel possui um conceito diferenciado que mescla o simples ao luxuoso, proporcionando a melhor harmonia ao cenário desértico. São 32 apartamentos decorados com artesanato local, confortáveis camas e área privativa, permitindo ao hóspede o merecido descanso após um dia de aventuras.
Na área externa, seis piscinas em espaços separados, fontes termais, SPA, bar e lareiras. Ao anoitecer avista-se um céu translúcido e estrelado.
O hotel possui um restaurante com culinária mediterrânea combinadas às receitas e aos ingredientes locais, além de oferecer aos hóspedes traslados ao centro e ao aeroporto.
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Como chegar
Latam parte de Belo Horizonte a Santiago via São Paulo. O voo Santiago a Calama dura 2h (1870 km); de Calama até San Pedro de Atacama, mais 1h30 (100 km) de van/carro.
O que levar para o Deserto do Atacama
Bagagem indispensável: botas ou tênis apropriados e confortáveis para caminhar, calça adequada para prática de esportes, agasalho para frio e corta vento, boné ou chapéu, gorro, cachecol, luvas, óculos de sol, roupas de banho, garrafa com água, protetor solar para corpo e lábios.
Viagem realizada por Marden Couto em junho de 2011
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